“Véu de ilusões” é o mais recente romance de José Luis García e um novo caso do inspetor Santana, que, desta vez, investiga a descoberta do cadáver de uma mulher estrangulada em um depósito de lixo. Qual o novo caso enfrenta o inspetor Santana?
nessa novela Santana vai enfrentar, essencialmente, um assassino que tenta saber mais do que ele e que tenta, como todos os assassinos, o crime perfeito. Um crime que vai ser especial, por causa de várias vezes o que você tem à frente não é exatamente dessa maneira. Existe um choque muito interessado entre os pensamentos e idéias de Santana e um assassino que não acaba de saber em nenhum momento.
O seu romance mais escura? Não, pelo motivo de são crimes que se você agarrar a hemeroteca vai encontrar em muitos websites. A novela começa com um crime em um aterro sanitário. Cadáveres largados em contentores de lixo e aterros, há muitos. Sempre tenho dito casos verosímeis. Não tento, em nenhum momento, conceder um salto pela ficção. O que por aqui se vê tem muito poucas licenças literárias, como se uma observação de DNA leva quarenta e oito horas, demora 48 e não 10 minutos como você poderá observar em uma série de televisão.
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- Muitos artistas ou designers não dão precisamente agradável modelo…
Os casos são muito reais e muito colados ao chão, pode encontrar. Além de tudo, as técnicas, as relações e os modos de trabalhar. Há muito poucas licenças nesse sentido. Se a gente fala de definida forma, então fala; e se o mal é um excelente filho da puta, o péssimo é um excelente filho da puta… não dulcifican as coisas. Isso é o que tento. Nunca lhe interessou novelar um caso real? Não, eu não o tenho dito nunca e, ademais, o rehúyo.
Mesmo que você utilize todo o emaranhado de investigação de um crime, de forenses, de julgados… não tem por que recorrer a um caso real. Diferente é que nas novelas tenha fontes reais pra casos que houve, contudo são pinceladas pontuais e pra colocar um tanto da pesquisa. Santana ia para a trilogia, porém tornou-se um protagonista que quase obteve vida própria.
Exatamente. Começa, eu diria, quase que acidentalmente. Fiz “A residência número 5” como um caso de um cadáver mumificado que aparecia em uma casa de um jovem casal que acaba de rehabilitarla. O investiga a Polícia e chegou Santana e você começa a refletir como é que a polícia, como pensa, se é mais cabezón, se é mais intuitivo… e aquilo vai crescendo… e comeu a novela. Onde de fato se consolida é a seguinte, onde outra pessoa mais ao grupo de Homicídios.
Eu tenho puxado trinta e tantos anos fazendo sugestões de eventos e a todo o momento me tocava o mesmo. Eu vejo um caso e se me ocorrem idéias. Existe um resíduo que, de repente, diz: daqui sai uma história. Numa novela sei onde começa e onde eu aspiro regressar e por meio deixo que os personagens vivam para si mesmos.
